O túnel do carpo se localiza no punho e é um espaço por onde passam nove tendões (responsáveis pela flexão dos dedos) e um nervo, chamado de Mediano.
O teto do túnel é formado por uma banda fibrosa rígida chamada de ligamento retinacular transverso e o no seu assoalho temos ossos do punho. Nenhuma dessas estruturas é elástica, sendo assim, não é possível que ele aumente de tamanho
A síndrome do túnel do carpo se refere à compressão do nervo mediano nessa topografia e é a síndrome compressiva mais comum.
Geralmente há um espessamento do ligamento retinacular transverso e sinovite, causando compressão do nervo, que com o passar do tempo vai se tornando espessado/ com o diâmetro aumentado.
A síndrome do túnel do carpo é mais comum em mulheres após 50 anos, mas pode ocorrer independente da idade e do gênero.
Sintomas
Sensação de formigamento nas mãos é a queixa mais comum e envolve geralmente o polegar, indicador e terceiro dedo (metade do quarto dedo costuma estar também envolvida e o dedo mínimo é poupado).
Os pacientes queixam-se de acordar durante a noite com a mão formigando e relatam que precisam chacoalhar a mão ou coloca-la para baixo para aliviar os sintomas.
Casos avançados podem apresentar déficit sensitivo permanente, atrofia muscular e perda de força em músculos específicos.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico e feito através do exame físico.
Geralmente há sensação de choque, irradiado para os dedos, com a percussão do túnel do carpo (tinel) e sensação de formigamento ao ficar com os dois punhos fletidos mantendo o dorso de uma mão junto ao dorso da outra (phallen).
Exames
Para documentação, os exames mais utilizados são ultrassom (que observará o diâmetro do nervo mediano) e eletroneuromiografia (estuda a parte elétrica – condução nervosa).
Entretanto, vale lembrar que tais exames não são obrigatórios para o diagnóstico.
Tratamento
Muitas vezes o tratamento conservador (sem cirurgia) traz bons resultados e é feito com o uso de imobilizador noturno e medicação. Exercícios para mobilização tendínea e nervosa também podem ajudar.
Casos avançados e/ou que não responderam bem ao tratamento inicial são submetidos à cirurgia.
As técnicas cirúrgicas existentes (aberta ou endoscópica) costumam trazer bons resultados, com alívio dos sintomas noturnos.
Casos avançados com déficits sensitivo e motor devem estar cientes de que a recuperação muitas vezes não é completa.
Para um tratamento completo entre em contato com a unidade Care Club mais próxima.