
Fascite Plantar em Corredores: Causas e como Prevenir
Quando falamos da corrida damos muita enfâse as nossas pernas e pés, esquecendo dos braços. Que de fato tem uma importância bem relevante dentro da tarefa de correr.
Você começa a sentir uma dorzinha durante a prática do esporte. Ela vai aumentando e aumentando, até ficar insuportável e precisar de tratamento. Se esta dor estiver relacionada a desvios de movimento ou postura – e no geral está –, tratá-la sem olhar para o que realmente a está causando não é a melhor solução. “A dor pode sumir, mas muito provavelmente voltará assim que a pessoa retomar a atividade”, explica Renan Malvestio, coordenador geral da equipe de fisioterapia da Care Club. Nesta entrevista, Renan explica por que a reeducação funcional, serviço oferecido na clínica por uma equipe especializada, é altamente recomendada no tratamento deste tipo de lesão causada por repetições e sobrecargas de movimentos.
Como funciona a reeducação funcional e quando ela é indicada no tratamento de lesões?
A reeducação funcional é uma especialidade da fisioterapia realizada na CareClub que consiste na avaliação e correção da postura e do movimento. Pode ser em qualquer modalidade esportiva, ou até mesmo em outras situações funcionais que não correspondem a gestos esportivos – como por exemplo a postura da pessoa no carro ou em frente ao computador. Para as lesões que não são decorrentes de um trauma ou evento específico, como entorses, quedas, pancadas ou outros acidentes, mas sim de tarefas que realizamos na nossa rotina – como a corrida, no caso de atletas corredores –, a reeducação funcional é indicada como tratamento. O mecanismo que ocasiona a lesão, nestas situações, é o gesto, a forma como a pessoa realiza aquela determinada atividade. O padrão do movimento pode gerar sobrecargas e, com a repetição, a dor aparece. A abordagem para esses pacientes, então, é não só sobre o foco da lesão em si, para recuperação do tecido machucado, cicatrização e desinflamação, mas também a avaliação e correção do mecanismo que vem gerando a dor.
Que tipos de lesões são as mais comuns, por erros posturais e de movimento?
Diferentemente de rupturas ligamentares, estiramentos agudos ou faturas traumáticas, as lesões mais comuns causadas por erros posturais são as classificadas como lesões de sobrecarga. Elas vão aparecendo no dia a dia, pela repetição daquela postura e atividade específica. E aí está o perigo. Muitas vezes a pessoa nem percebe que está realizando o movimento com uma postura ou de uma maneira que está, aos poucos, levando à dor. Essas lesões são geralmente tendinites, bursites, lombalgias mecânicas, fraturas por estresse relacionadas à funcionalidade.
Como é feito o tratamento e quanto tempo dura?
Na reeducação funcional, o tratamento começa com uma avaliação do movimento em que o mecanismo da lesão está inserido. A partir daí as sessões são feitas para corrigir e treinar aquele movimento identificado como inadequado, com exercícios e fortalecimento, estímulo e ativações musculares. O tratamento, no geral, leva em torno de cinco a dez sessões, depende muito da lesão e da complexidade do movimento que a gerou. Nossa intenção é trabalhar para que o paciente consiga executá-lo da forma correta, ganhe facilidade e algum grau de automação para realizá-lo. A prática é que vai trazer a automação completa – e até isso acontecer, acompanhamos o atleta fazendo os ajustes necessários.
Pode-se dizer, então, que o tratamento com a reeducação funcional é mais definitivo?
Em caso de lesões causadas por desvios de movimento ou postura, sim. A literatura médica mostra que, essas lesões, no geral, são as de tratamentos mais longos. Isso acontece exatamente porque abordar a dor, isoladamente, com medicamentos ou analgesias, não é suficiente. O problema tende a voltar assim que a pessoa retoma a atividade. Com a reeducação funcional, a gente consegue evitar esses tempo extremamente prolongado de tratamento e as recorrências, e sem que o paciente precise abrir mão da prática esportiva.
Quando falamos da corrida damos muita enfâse as nossas pernas e pés, esquecendo dos braços. Que de fato tem uma importância bem relevante dentro da tarefa de correr.
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Se você já passou por cirurgia no joelho e vai voltar a fazer atividades físicas ou seus esportes de antes, precisa seguir alguns critérios de segurança para não correr risco de se lesionar de novo com o mesmo tecido ou então de passar por novas condições lesivas.