Foi exatamente o esporte – mais especificamente a natação – que deu a Luiz autoconfiança, segurança, autoestima elevada e a certeza de que, sim, ele é capaz de levar uma vida normal, apesar das limitações. Nem sempre foi assim. Na infância, o retardo de seu desenvolvimento trouxe o preconceito de outras crianças – e principalmente dele mesmo. “Eu me sentia diferente, inferior”, ele conta. Foi depois que começou a nadar, aos 9 anos, por recomendação médica, que Luiz virou o jogo. “Eu tive várias conquistas na água e, além de passar a confiar em mim mesmo, comecei a acreditar nos meus sonhos”, conta Luiz, que atualmente cursa Educação Física como bolsista na Universidade Geraldo di Biase, em Volta Redonda (RJ).

Na CareClub, o atleta conta com o acompanhamento do médico do esporte Guilherme Dilda e da fisioterapeuta Paola Fogaça. “Na consulta inicial, fizemos ajustes de treinamento, alimentação e suplementação e buscamos identificar o panorama fisiológico em que o atleta se encontrava, através de exames laboratoriais e feedbacks de percepções de performance. Fizemos alterações nos períodos de treino buscando melhorar o padrão de sono, algo extremamente importante para quem busca performance.”, conta Dilda. “Se aprende muito com ele, pois o Luiz é uma pessoa extremamente determinada, que faz tudo o que pode pra correr atrás dos seus objetivos.”

Paola fez uma avaliação na Endless pool com orientações pontuais a respeito de melhora do movimento de Luiz, buscando otimizar a eficiência do nado. “Ele tem dificuldade de coordenação de movimento do lado esquerdo, mas a consciência corporal dele é boa e se esforça muito”, afirma Paola, que é nadadora e educadora física da CareClub “Ela é uma excelente profissional, merece estar onde está”, diz Luiz.

Nesse tempo em que Luiz vem mantendo contato com a clínica, a percepção – tanto do atleta como da equipe – é a de que ele está cada vez melhor. Vem fazendo os melhores tempos da carreira dele e se sentindo cada vez melhor na água. “Nossa meta é garantir a vaga dele nos próximos Jogos Paralímpicos. Essa é a meta dele. E se ele acredita nisso, eu como médico, tenho que acreditar também e fazer tudo que estiver ao meu alcance para ajudá-lo a conquistar seu sonho”, diz Dilda. “Quero mostrar para mais e mais pessoas que a gente pode, sim, se dedicar ao esporte. Limitação física não é impedimento. Para mim ela é estímulo”, afirma Luiz.