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Morte súbita em atletas: por que isso acontece?

com Marcelo de Moura, médico cardiologista da Care Club São Paulo

A atividade física é sinônimo de saúde, bem-estar e longevidade. No entanto, quando vemos notícias de morte súbita em atletas, sejam amadores ou profissionais, nos perguntamos o porquê dessa fatalidade. Afinal, o exercício deveria, pelo menos, proteger as pessoas contra esse tipo de morte, certo? Pois a resposta é: depende. Antes de mais nada, reforçamos: o esporte ou qualquer atividade tem uma série de benefícios, entre eles o de prevenir enfermidades como a obesidade, diabetes e muitos outros problemas de saúde. Contudo, as causas da morte súbita podem ser inevitáveis, especialmente quando o indivíduo não sabe que possui uma doença prévia.

O que é morte súbita?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a morte súbita ocorre quando um indivíduo falece pouco tempo depois de sentir algum mal-estar e de forma inesperada. Em geral, a maioria das vítimas vai a óbito antes do período de uma hora após o início dos sintomas.


Causas da morte súbita em atletas e público geral

Marcelo de Moura, médico cardiologista da Care Club, explica que a principal razão da morte súbita em atletas está relacionada a doenças cardiovasculares. “Sobretudo a miocardiopatia hipertrófica, cuja incidência é maior em pessoas de até 35 anos; já para pessoas acima dessa faixa etária, doenças coronárias costumam ser as causas”, afirma.

Doenças congênitas dessa origem também podem ser responsáveis. Ou seja, a enfermidade se desenvolve ainda no ventre materno, durante a formação do bebê, devido a alterações genéticas ou outros motivos. Por isso, nessas situações, o esporte pode ser um gatilho para provocar o colapso.

Segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), a morte súbita ocorre pois muitas vezes a doença é difícil de ser diagnosticada. Portanto, a pessoa desconhece a existência da condição e se submete a atividades que elevam rapidamente a frequência cardíaca e, assim, aumentando o risco de arritmias graves. Entre os esportes mais envolvidos em morte súbita, a SOBRAC destaca a corrida, ginástica olímpica e o futebol. Estima-se que as principais vítimas são do sexo masculino.


Dá para prevenir uma morte súbita?

Sim, é possível prevenir. No entanto, o diagnóstico é fundamental para tais cuidados. Talvez este seja o maior desafio, pois muitas pessoas adiam a visita ao médico e começam a se movimentar por conta própria. Portanto, a recomendação é: antes de iniciar ou retomar qualquer atividade física, procure orientação profissional e realize os exames de rotina. Atualmente, mesmo com algum problema no coração, a pessoa poderá se exercitar tendo o devido acompanhamento para não extrapolar a frequência cardíaca. “Todos os indivíduos, atletas ou não, devem realizar avaliação médica especializada e exames específicos periodicamente, como exames laboratoriais, teste de esforço, eletrocardiograma e ecocardiograma”, acrescenta Moura.


Fatores de risco

Além de doenças pré-existentes, em especial as de origem cardíaca, outras circunstâncias influenciam a morte súbita:

Tabagismo: está presente na maioria dos fatores de risco para doenças e complicações mais graves.
Sedentarismo: quando alguém que não faz nenhum tipo de exercício resolve se movimentar sem assistência, está mais suscetível a males súbitos. Por exemplo, os famosos “atletas de final de semana”, que se exercitam apenas de vez em quando, mas quando o fazem, são atividades de alta intensidade as quais o corpo não está habituado.
Obesidade e sobrepeso: o acúmulo de gordura excessivo compromete o bom funcionamento do organismo. Afinal, o coração se esforça mais para manter as funções de forma adequada, o que eleva a probabilidade de morte súbita. Sem falar que a gordura pode obstruir artérias e causar a aterosclerose, que também é um perigo à vida.

Como se exercitar de forma segura?

Já falamos que o aconselhamento médico é o primeiro passo para praticar qualquer tipo de esporte. Se você não tiver restrições, é fundamental respeitar os limites e começar a se exercitar de forma leve, não importa a modalidade escolhida. Definir a frequência é outro pilar para a evolução do condicionamento.

Em outras palavras, não adianta treinar excessivamente por apenas dois dias da semana, por exemplo. Estabeleça o mínimo de movimento todos os dias, nem que seja um treino curto, porém eficiente. Para lhe ajudar nessa tarefa, busque um profissional de educação física para elaborar um plano de acordo com suas possibilidades e rotina.

Fonte: Marcelo de Moura, médico cardiologista da Care Club; referências: SOBRAC; e Revista Brasileira de Medicina do Esporte.

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