
Como correr para perder peso?
Como correr para perder peso? Muitos buscam a corrida como uma forma para emagrecer. E dessa forma o esporte passa a fazer parte de suas
Quem ainda acredita que, na prática de atividade física, a mulher é um sexo frágil, com maior incidência de lesões, está enganado. Existem, sim, algumas diferenças na constituição e funcionamento do corpo delas que podem aumentar os riscos de algumas lesões específicas. “E por isso mulheres precisam de preparo, observação e cuidados mais adequados, em suas diversas fases de treino”, explica o ortopedista Luiz Marchese, da CareClub.
Mulheres têm maiores níveis de estrogênio, menos massa muscular, mais gordura corporal, ligamentos mais frouxos e, portanto, maior flexibilidade, bacia ginecoide (mais larga) e joelhos mais valgos (“para dentro”). Essas características podem, sim, aumentar os riscos de algumas lesões. Mas a boa notícia é que é possível evitá-las. Basta um preparo melhor da mulher para a prática esportiva e a prescrição de ciclos de treinamentos adequados, que prevejam paradas e aumentos de intensidade corretos. “A maneira como cada mulher tem sua postura organizada, como ela desenvolve suas atividades físicas, sua mecânica de movimento e o treino que é prescrito para ela são mais determinantes, quando levamos em conta os riscos de lesão, do que as diferenças anatômicas e fisiológicas que existem com relação aos homens”, explica Marchese. “Não é ser mulher que torna uma pessoa mais predisposta a lesões. Hoje sabe-se o quanto esta é uma questão individual, e não populacional, relacionada ao gênero.”
Segundo o médico, um cuidado que se deve tomar é quanto ao aumento de intensidade e volume dos treinos. “Quando este aumento é acentuado demais, elas possuem alguns parâmetros que podem propiciar lesões – mais que nos homens. Portanto, o treinador deve levar isso em consideração.” Outra diferença importante é com relação às pausas. “Entre as mulheres, mais do que uma semana sem atividade física já pode comprometer condicionamento”, diz Marchese. “Por questões hormonais, elas têm uma perda muscular mais acelerada.”
A taxa hormonal, aliás, com grandes variações ao redor da idade gestacional e principalmente na menopausa, pode ser a causa da diminuição da massa óssea e, portanto, de fraquezas que propiciem o surgimento de fraturas de estresse. “Portanto, é muito importante um aumento de intensidade adequado e um bom preparo muscular prévio”, explica o médico. “Além disso, hormônios próximos da gestação, como a progesterona, um relaxante ligamentar importante, em conjunto com a concentração de peso ao redor do centro do corpo, acentuam a lordose. O relaxamento de diversos ligamentos sem o cuidado adequado nas práticas físicas é algo que torna a mulher mais suscetível a lesões do quadril e da coluna – pré, peri ou pós-gestação.”
Outro fator quando se fala em lesões é o balanço entre energia gasta na atividade física e a energia consumida. “É por isso que se deve buscar o auxílio de um nutricionista especializado na atividade que a mulher escolheu praticar”, diz Marchese. “Ele não só indicará o que ela deve consumir, mas quanto e em que horários o aporte nutricional é necessário.” Este profissional, juntamente com um endocrinologista ou médico do esporte, será fundamental no caso de, por conta da prática esportiva, as taxas de gordura corporal caírem a índices muito baixos. “Isso pode causar alterações hormonais significativas. É um cuidado extra que se deve tomar.”
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