O escafoide é um dos pequenos oito ossos do carpo (punho). E, entre todos eles, é o que costuma ser mais fraturado (ele quebra ou trinca). “A fratura geralmente ocorre devido a uma queda com a mão espalmada, algo bastante comum porque, quando caímos, a tendência é apoiarmos as mãos no chão para diminuir o impacto e nos proteger”, diz Renata Paulos, ortopedista especializada em mãos da Care Club. A médica explica como são feitos o diagnóstico e o tratamento e por que é tão importante consultar um especialista sempre que há dor no punho, após uma queda.
Diagnóstico: O escafoide fica no lado radial do punho (em linha com o polegar). Dor nesta região, após um trauma, é sinal de alerta. Durante a consulta, o especialista fará diversos testes específicos focados neste osso. Como algumas vezes a fratura não aparece em raio-X, um exame físico minucioso é fundamental. Nestes casos de possível fratura oculta (que não aparece no raio-X), uma ressonância pode ser solicitada.
Tratamento: Na maioria das vezes, o tratamento cirúrgico é indicado e geralmente é utilizado um tipo especial de parafuso para tratar a fratura. O escafoide é um osso que muitas vezes não consolida após o trauma, por isso o diagnóstico precoce seguido de tratamento é fundamental neste tipo de fratura. Não é incomum ver pacientes que procuram um especialista por causa de alguma dor no punho e que só então descobrem uma fratura antiga do escafoide, resultante de um trauma ocorrido tempos atrás e negligenciado na época.
Problemas do tratamento tardio: Fraturas antigas que não consolidaram são chamadas de pseudoartroses. Como a dor inicial pode passar, o paciente fica assintomático por um período (anos, até) e acha que nada aconteceu. O tratamento da pseudoartrose do escafoide é bem mais complexo. Com o passar do tempo, ela gera uma série de alterações nos ossos ao redor do escafoide, podendo chegar até a estágios muito avançados de artrose, em que o paciente corre o risco, inclusive, de perder o movimento do punho.