Essa é uma lesão difícil de evitar. Você está pedalando a toda e, quando vê, perde o controle e cai de ombro no chão. Poucos ciclistas conseguem se apoiar nas mãos ou nos pés durante a queda. E o resultado geralmente é uma fratura da clavícula (osso que liga os membros superiores ao tronco). Se isso acontecer com você, o primeiro passo é procurar um médico para ter o diagnóstico preciso. “Em geral, um simples raio-x já mostra se o osso foi mesmo fraturado ou se aconteceu outro tipo de lesão”, afirma o ortopedista da CareClub Fernando Brandão, que tem doutorado em ortopedia e traumatologia com tema sobre ‘fratura da clavícula’.
Mesmo no caso de uma fratura, o tratamento nem sempre passa por uma cirurgia, tudo vai depender do grau de desvio dessa fratura, ou seja, o grau de distância entre os fragmentos ósseos. “Se houve pouco desvio, geralmente a região fica imobilizada por quatro a seis semanas e aos poucos o atleta retoma uma atividade moderada. Mas, é preciso ressaltar, o mais comum é que os fragmentos estejam desalinhados e, nesse caso, a cirurgia é quase sempre mandatória”, afirma Fernando.
Trata-se de uma cirurgia de médio porte, com anestesia geral e duração aproximada de duas horas. Mas o retorno às atividades corriqueiras (como teclar no computador) acontece depois de uma ou duas semanas. A retomada dos treinos de força leva cerca de 2 meses e, dos de impacto, 4 meses, dependendo da formação de calo ósseo. “Mas a cirurgia permite que a gente tenha uma certeza muito maior de que o osso vai consolidar. Na operação, conseguimos devolver uma anatomia óssea muito mais próxima da normal”, conclui Fernando.