1:23:22. Com este tempo, Luca Parizotto foi o 427º corredor a cruzar a linha de chegada da Meia Maratona de Buenos Aires, no último domingo (25/8) – entre os 18.500 que a concluíram. Um pace de 3:57 min/km é uma performance a ser comemorada por qualquer pessoa, mas some a isso o fato de ter sido a estreia de Luca na distância, e apenas a quarta prova de seu currículo. “Eu comecei a treinar no início deste ano, porque meu pai me inscreveu numa corrida de 10km”, ele conta. “Mas gostei e logo passei a levar mais a sério e procurei um treinador.”

Luca é prova de que o corpo humano tem memória, quando se fala na prática de atividade física. Apesar de correr há apenas alguns meses, ele pratica esporte desde pequeno. “Já joguei tênis e futebol, lutei boxe e corri de kart durante anos”, diz ele, que ouviu de seu treinador que era fundamental passar por um check-up antes de começar a correr para valer. “Eu procurei o Gustavo Magliocca [médico do esporte da Care Club unidade Ibirapuera] e fiz todos os exames necessários.” Na consulta, Gustavo sugeriu que Luca passasse pelo nutricionista Humberto Nicastro, para perder gordura corporal, turbinar o sistema imunológico e, com isso, melhorar a performance. “Sem dúvida isso foi importante para eu chegar inteiro, depois dos 21km. Foi uma prova muito bacana e fiquei feliz com o meu resultado.”

O atleta recomenda Buenos Aires para quem quer fazer uma Meia Maratona com olho no relógio, para melhorar suas marcas. “Apesar de ter muita gente na prova, as avenidas são largas, então não há tumulto. A largada é muito bem organizada, em currais divididos por tempo. E o tempo estava excelente, dia de sol, mas sem vento e temperatura de 14 graus”, conta. “Além disso, a energia é muito legal, há bandas e música ao longo de todo o percurso.”

Para Luca, o único ponto ao qual os corredores brasileiros devem estar mais atentos é nos postos de hidratação. “Por aqui estamos acostumados com os copinhos fechados, a gente faz um furo e bebe facilmente. Lá os copos são abertos. Então, para não levar um banho e ficar sem água, a gente precisa diminuir um pouco ritmo.”