por Luciana Purgailis, nutricionista
A nutrição é uma parte fundamental na vida e do treinamento de um praticante de atividades físicas. Nossas escolhas alimentares vão impactar diretamente na produção de energia para a prática esportiva e otimizar a recuperação do nosso corpo.
Quanto mais equilibrada for a sua alimentação, você obterá mais força para o
treinamento e uma recuperação mais rápida.
Quando falamos em equilíbrio das nossas escolhas, podem surgir muitas dúvidas
sobre o que seria melhor para a prática esportiva. Dentro dessas dúvidas e questionamentos, tem se falado muito sobre a dieta low carb e a dieta cetogênica.
Mas será que alguma delas combinam com o esporte? São modelos alimentares eficientes para a natação?
Antes de responder essas perguntas, precisamos entender o que é Dieta Cetogênica e
o que é Dieta Low Carb.
Uma dieta cetogênica é uma dieta pobre em carboidratos (consumo entre 25-45g de
carboidrato/dia), com alto teor de gordura e uma quantidade moderada de proteínas.
Sua peculiaridade é a produção de energia devido à quebra das gorduras e não dos carboidratos. O objetivo é desencadear o mecanismo de cetose no corpo. Devido à diminuição do número de carboidratos dos alimentos, o fígado começa a converter a gordura em ácidos graxos e cetonas. Este último é utilizado por nosso cérebro como combustível para obter energia vital.
Se você é um nadador que treina em baixa intensidade, o corpo dependerá da energia proveniente da gordura, o que torna a dieta cetogênica muito eficaz para a manutenção da composição corporal.
Porém, alguns estudos sugeriram que nadadores que treinam em alta intensidade e seguiram uma dieta cetônica tiveram poucos benefícios em termos de desempenho de performance e relataram não ter energia o suficiente para concluir um treino importante e até mesmo para vencer uma competição.
Seguir uma dieta cetogênica esgota o glicogênio do corpo (função central em atuar como uma reserva energética), o que afeta diretamente o desempenho. Para os atletas, isso significa abrir mão do combustível que impulsiona seus treinos. E, se você se preocupa em ser rápido, isso limita sua velocidade máxima, pois o exercício anaeróbico
requer glicose (carboidrato).
A dieta low carb é uma estratégia no plano nutricional baseada no consumo de alimentos com percentual de carboidratos reduzidos como o seu nome propriamente
diz, dando prioridade aos carboidratos de baixo índice glicêmico e os alimentos minimamente processados, excluindo da alimentação os carboidratos refinados como os açúcares, aumentando o consumo de gorduras e proteínas saudáveis.
Os valores abaixo de 130 g por dia de carboidratos são considerados low carb.
Uma dieta low carb pode ser usada como parte de um plano alimentar nutricionalmente
periodizado, apresentando períodos de ingestão reduzida de carboidratos, a fim de maximizar as adaptações para queima de gordura. Aproximadamente 20% dos atletas de resistência seguem um padrão alimentar low carb, a maioria dos quais também realiza treinamento em jejum relacionado ao desejo de aumentar a oxidação de gordura
durante o exercício.
Apesar de uma maior capacidade de oxidação (queima) de gordura, uma dieta low carb pode prejudicar a economia de movimento. A economia de movimento refere-se à taxa de gasto de energia em relação à velocidade do movimento (ou seja, andar de bicicleta, correr ou nadar) e foi identificada como um fator-chave que influencia o desempenho do esporte de resistência.
A economia da natação pode ser um forte preditor de sucesso em provas de longa
distância, como a maratona de 10 km e a ultramaratona (> 10 km). A economia pode ter uma influência maior no desempenho de natação em comparação com a economia de ciclismo ou corrida porque os nadadores se movem na água, um fluido 700-800 vezes mais denso que o ar.
De acordo com um estudo científico, chegaram na hipótese de que uma dieta rica em carboidratos resultaria em melhor economia de natação (ou seja, menor custo energético da natação) relacionada a um aumento da razão de troca respiratória (RER) e, portanto, maior conversão de energia por volume de oxigênio consumido ao utilizar carboidratos em comparação com gorduras.
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Se você já passou por cirurgia no joelho e vai voltar a fazer atividades físicas ou seus esportes de antes, precisa seguir alguns critérios de segurança para não correr risco de se lesionar de novo com o mesmo tecido ou então de passar por novas condições lesivas.
Existem 2 formas de cirurgia de artroplastia do quadril: “total” e “parcial”. Na total ocorre a substituição da cabeça do fêmur e do acetábulo por implantes feitos de metal, polietileno ou cerâmica. Já na forma parcial, somente a cabeça do fêmur é substituída, preservando o acetábulo original do paciente.
A artrose do quadril tem como característica principal o desgaste da cartilagem que reveste a articulação, ocasionando atrito ósseo, gerando inflamação das estruturas locais causando dor e limitação de movimentos.
