O empresário Alexandre Hossokawa, 35 anos, começou a correr em 2011, alguns meses após descobrir uma pré-hipertensão. “Comecei a mudar meus hábitos, levar a academia a sério e a correr na esteira”, conta. Dois anos depois, ele completaria sua primeira meia maratona em 1h41. “Mas, quando cruzei a linha de chegada, senti que faltava algo. Foi legal, mas não me senti desafiado. Conversei com meu antigo treinador e decidi que estrearia na maratona em 2014”. E, para isso, ele se preparou durante 2013, ano em que fez mais três meia maratonas: Rio de Janeiro, Miami e Manaus.
O palco de estreia nos 42 km foi a Maratona de Hamburgo, na Alemanha. A meta era terminar em menos de 3h30 e ele cruzou a linha de chegada em 3h28. “Ainda lembro muito bem daquele dia – e também do dia seguinte, que foi cômico de tantas dores que senti. A energia da cidade e das pessoas é fantástica, sem contar que o percurso é muito bonito”, relembra.
Então, vieram mudanças na alimentação, nos hábitos (“e manias”) e até mesmo no desempenho profissional. “Cruzar a linha de chegada é incrível, mas gosto mesmo é do caminho até lá. A maratona, para mim, é um estilo de vida: alimentação regrada, atividade física constante, conhecimento do próprio corpo e trabalho mental para conciliar família, trabalho e treinos”, afirma.
Em 2017 foi a vez de concretizar outro sonho, correr a Maratona de Boston, mas as coisas não saíram como o esperado. “Estava muito quente e eu não revisei meus planos, continuei com a meta de tentar correr abaixo de 3 horas. Resultado: meu pulso foi lá no teto, quebrei, desidratei, tive dores musculares e terminei me arrastando. No dia seguinte, conversei com meu treinador, o Marcos Paulo Reis, e decidimos dar um passo para trás e voltar com sobra para tentar o sub-3h”, conta. Na sequência, ele fez duas meias, ambas com recordes pessoais (1h24 e 1h23) e a inscrição para a Maratona de Sevilha, no dia 24 de fevereiro de 2018.
E como a ideia era ir com tudo para a prova, Alexandre decidiu investir em fortalecimento. “Sofri demais com dores musculares em Boston”, diz. “Ao fazer alguns exames na CareClub, soube do trabalho de fortalecimento voltado para corredores. Aderi aos treinos prescritos a distância pela preparadora física Patricia Vidal e logo percebi mudanças no meu físico e na corrida.” Além de chegar a Sevilha mais forte, ele contou com uma espécie de mantra durante a prova. “Li no livro ‘Endurance’, do Alex Hutchinson, a seguinte frase: ‘Numa prova como essa a única certeza que temos é a dor’. Isso ficou martelando na minha cabeça e, então, decidi que naquele dia iria encarar a dor ao invés de temê-la.” Encarou e venceu: cruzou a linha de chegada em 02h57min31.
Alexandre conta que hoje sua preparação física está muito alinhada com seu calendário de provas e com exercícios específicos para trabalhar seus pontos fracos. “Com uma equipe técnica multidisciplinar tenho mais chances de atingir meus objetivos e de ter mais qualidade de vida, que é o que importa no fim do dia para um amador. Na CareClub, tenho muitas respostas para meus questionamentos e também um ambiente onde os profissionais entendem a realidade do maratonista amador que busca alguma performance, que é diferente da de um profissional ou então do estreante na maratona”, afirma Alexandre, que a seguir dá algumas dicas para quem visa o sub-3h na distância:
– Busque um treinador competente e com o qual você tenha sinergia: você precisa confiar no cara e ele precisa lhe conhecer o suficiente para entender quando apertar ou afrouxar os treinos.
– Resiliência é chave: o resultado não vem da noite para o dia.
– Faça por você: maratona é um esporte individual e só você irá conseguir o resultado.