O Instituto Nacional de Câncer estima 61.200 novos casos de câncer de próstata no Brasil, apenas neste ano – é o segundo tipo mais comum entre homens, depois do câncer de pele. Prevê-se que 1 em 7 homens será diagnosticado com câncer de próstata durante a vida. É uma doença grave, e por isso o diagnóstico precoce é fundamental. Neste Novembro Azul, com campanhas para prevenção e diagnóstico, o médico do esporte Gustavo Magliocca, da CareClub, lista alguns fatores que aumentam as chances de desenvolver câncer de próstata. Mas, atenção: fatores de risco influenciam mas não determinam quem terá ou não a doença. Exames periódicos são a única maneira de diagnosticá-la. A indicação é de que eles comecem após os 50 anos – quando há fatores de riscos presentes, até antes, após os 40 ou 45.

Idade: é um câncer raro em homens abaixo dos 40 anos, as chances são maiores acima dos 50. Cerca de 60% dos pacientes têm mais de 65 anos.

Histórico familiar: ter um parente de primeiro grau (pai ou irmão) com diagnóstico de câncer de próstata antes dos 60 anos pode aumentar o risco de se ter a doença de 3 a 10 vezes.

Dieta: estudos recentes avaliam a relação entre dieta e câncer de próstata. Eles apontam que dietas ricas em frutas e vegetais e pobre em carne vermelha, laticínios e gordura saturada podem diminuir os riscos de desenvolver a doença. Os resultados, no entanto, ainda não são considerados conclusivos.

Obesidade: alguns estudos apontam que homens obesos têm riscos aumentados para tipos mais agressivos de câncer de próstata.

Inflamação da próstata: a prostatite (inflamação da próstata), principalmente quando se torna crônica, pode estar associada ao aumento do risco de câncer. É o que sugere alguns estudos, entre eles um realizado na Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, que examinou 400 homens. Ele concluiu que, entre homens com infecção de próstata, os riscos eram 1,6 vezes maiores  para a doença de maneira geral e 2,2 vezes maiores para uma forma mais agressiva dela.